"Que a Paz e as Bençãos de Deus estejam Convosco e Família!"
Nas cidades-estados da Grécia Antiga, a maioria da educação era privada, exceto em Esparta. Por exemplo, em Atenas, durante o século 5 e 4 a.C, além de dois anos de treinamento militar, o estado desempenhou um papel pequeno na escolaridade. Qualquer um poderia abrir uma escola e decidir o currículo. Os pais podiam escolher uma escola oferecendo os assuntos que eles queriam que seus filhos aprendessem, a uma taxa mensal que pudessem pagar. A maioria dos pais, mesmo os pobres, enviaram seus filhos para escolas por pelo menos alguns anos, e se pudessem pagar por volta dos sete para os quatorze, aprendendo ginástica (incluindo atletismo, esporte e luta livre), música (incluindo poesia, drama e história) e alfabetização. As meninas raramente receberam educação formal. Na escola de escrita, os alunos mais jovens aprenderam o alfabeto por música, depois, copiando as formas das letras com uma caneta em um comprimido de madeira em cera. Depois de alguma escolaridade, os filhos de famílias pobres ou de classe média freqüentemente aprendiam um aprendizado por aprendizado, seja com seu pai ou com outro comerciante. Por volta de 350 aC, era comum que crianças em escolas em Atenas também estudassem várias artes, como desenho, pintura e escultura. Os estudantes mais ricos continuaram seus estudos estudando com sofistas, de quem eles poderiam aprender assuntos como retórica, matemática, geografia, história natural, política e lógica. Algumas das maiores escolas de ensino superior de Atenas incluíram o Lyceum (a chamada escola peripatética fundada por Aristóteles de Stageira) e a Academia Platônica (fundada por Platão de Atenas). O sistema educacional dos antigos gregos antigos também é chamado Paideia. No império romano subseqüente, o grego era o principal idioma da ciência. A pesquisa científica avançada e o ensino foram realizados principalmente no lado helenístico do império romano, em grego. O sistema educacional na cidade-estado grega de Esparta era inteiramente diferente, projetado para criar guerreiros com completa obediência, coragem e perfeição física. Aos sete anos de idade, meninos foram levados de suas casas para morar em dormitórios escolares ou quartéis militares. Lá foram ensinados esportes, resistência e luta, e pouco mais, com rigorosa disciplina. A maior parte da população era analfabeta.
O termo pedagogia é de origem grega e deriva da palavra "paidagogos", nome dado aos escravos que conduziam as crianças à escola. Somente com o tempo, esse termo passa a ser utilizado para designar as reflexões feitas em torno da educação. Assim, a Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia, até porque é justamente na Grécia que tem início as primeiras reflexões acerca da ação pedagógica, reflexões que vão influenciar por séculos a educação e a cultura ocidental.Os povos orientais acreditavam que a origem da educação era divina. O conhecimento que circulava na comunidade resumia-se aos seus próprios costumes e crenças. Essa realidade impedia uma reflexão sobre a educação, uma vez que esta era rígida e estática, fruto de uma organização social teocrática. A divindade, portanto, era autoridade máxima, logo, sua vontade não poderia ser contestada. Na Grécia Clássica, pelo contrário, a razão autônoma se sobrepõe às explicações puramente religiosas e místicas. A inteligência crítica, o homem livre para pensar e formar os juízos a cerca da sua realidade, preparado não para submeter-se ao destino, mas para influenciar e ser agente de transformação como cidadão, eis no que resume-se a revolucionária concepção grega da educação e seus fins.
Dentro dessa nova mentalidade, surgem várias questões cuja reflexão visa enriquecer os fins da educação. Como por exemplo:
- O que é melhor ensinar ?
- Como é melhor ensinar ?
Essas questões enriquecem as reflexões de vários filósofos e dão origem à dimensões tendenciosas. Para entendermos melhor é necessário fazermos a divisão clássica da filosofia grega, não esquecendo que o eixo central é Sócrates:
Fonte de Pesquisa: Visitem o blog da Luciana Ricomini: http://pedagogia.tripod.com/gregos.htm
a) JARDIM DE INFÂNCIA
É facultativo, tem a duração de um ano e as crianças matriculam-se aos 4 anos de idade.
Nas grandes cidades os jardins de infância situam-se em espaços próprios, ao passo que nas cidades pequenas, e no campo, estes funcionam juntamente com as escolas básicas.
A formação dos educadores de infância é feita nas escolas superiores de educação e tem uma duração de 4 anos.
Os jardins de infância são maioritariamente públicos, existindo, no entanto, alguns estabelecimentos privados, e funcionam nos dias úteis, das 8.00h às 13.00h. Os seus curriculos incluem matérias de nível pré-escolar na área da matemática, da escrita e, ainda, muitos jogos educativos.
b) ESCOLA BÁSICA OU PRIMÁRIA
É obrigatória, tem uma duração de 6 anos e as crianças matriculam-se aos 5 anos de idade.
O número de professores nas escolas básicas (E.B.) varia em função da dimensão do meio em que estas se inserem. Enquanto que nos grandes centros existe um professor para cada ano, nas regiões mais pequenas ou remotas cada escola pode dispor de apenas um professor para todos os anos, havendo, assim, uma única turma constituída por todos os alunos da aldeia. Nas grandes cidades os professores distribuem-se pelas seguintes disciplinas: geografia, matemática, física, química, ecologia, educação religiosa ortodoxa, música, educação visual, história, língua grega e educação para a cidadania grega. A disciplina de ginástica é leccionada por um professor especializado formado pela Academia de Ginástica, uma faculdade independente cujos cursos têm a duração de 4 anos. A língua estrangeira, usualmente o inglês, é também leccionada por um professor especializado que fez a sua formação na Escola Filosófica. O curso de Literatura Inglesa, que funciona nesta faculdade independente, tem uma duração de 4 anos.
O Estado Grego fornece gratuitamente, a todos os alunos e professores do ensino básico, os manuais escolares necessários para todas as disciplinas.
As E.B. nas grandes cidades funcionam ora de manhã (8.00h - 13.30h), ora de tarde (14.00h - 18.30h), em regime de alternância, por períodos de uma semana, enquanto que nas regiões rurais estas funcionam apenas de manhã. As crianças frequentam diariamente 5/6 aulas, todas elas intervaladas por pausas de cerca de 10 minutos. Não existe o hábito de as crianças tomarem refeições nas escolas, que, aliás, não dispõem de refeitórios.
O 2º. Ciclo, tal como se verifica em Portugal, não existe e, por conseguinte, a figura de professor do 2º. Ciclo.
Os professores das E.B. fazem a sua formação nas escolas superiores de educação. O curso "Professores do Ensino Básico" tem a duração de 4 anos.
A Grécia apresenta taxas de desemprego muito elevadas na área da Educação. O sistema de contratação dos professores do ensino primário e secundário é o seguinte: os titulares de um curso superior(ministrado em instituições públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras) candidatam-se à atividade lectiva e, neste momento, são integrados numa lista de onde são recrutados por ordem cronológica. Assim, um professor que se candidate deverá esperar que todos os anteriormente inscritos sejam colocados. Em algumas áreas estas listas são tão extensas que um professor que se inscreva hoje só terá colocação daqui a algumas décadas. Por exemplo, os professores de Língua Inglesa que se candidatem hoje só terão lugar em 2.059. No ensino básico o tempo mínimo de espera é de 10 anos.
c) GINÁSIO
É obrigatório, tem uma duração de 3 anos e os alunos matriculam-se aos 11 anos de idade.
No Ginásio (G.) cada disciplina é leccionada pelo professor indicado. Para transitarem de ano, os alunos realizam exames anuais a todas as disciplinas, havendo uma 2ª. chamada em Setembro. A nota mínima para transitar de ano é 10 (numa escala de 1 a 20).
Com o G. termina a escolaridade obrigatória que tem uma duração total de 9 anos. Neste nível de ensino os livros escolares são fornecidos gratuitamente, não existem refeitórios e o horário de funcionamento é o mesmo das escolas básicas.
d) LICEU
É facultativo, tem uma duração de 3 anos e os alunos matriculam-se aos 14 anos de idade.
Existem 3 tipos de liceus (L.), que são:
1) LICEUS TECNOLÓGICOS E PROFISSIONAIS (L.T.P.)
Neste tipo de liceu os alunos podem optar por cursos tais como: assistente de laboratório, mecânico, "au pair", cultivo de árvores, etc. Os L.T.P. dão acesso aos Institutos de Educação Tecnológica (I.E.T.), dependendo da nota global atingida pelo aluno. Os I.E.T. reservam uma percentagem reduzida de vagas para os alunos provenientes dos L.T.P., pelo que, normalmente, é necessária uma boa classificação para conseguir entrar.
2) LICEU MULTI-RAMOS (L.M.)
Este tipo de liceu existe em número muito reduzido. Fornecem um tipo de educação semelhante aos L.T.P., no entanto são instituições com mais prestígio. Os L.M. dão acesso aos - I.E.T. e aos Institutos de Educação Superior (I.E.S.) (para quem opta pelo ramo de Educação correspondente). Também aqui a nota global dos L.M. é determinante no acesso às Escolas Superiores.
3) LICEU GERAL
Este é o tipo de liceu que existe em maior número porque tem a preferência da maior parte dos alunos. A popularidade destes liceus advem do facto de estes darem acesso a todas as Escolas, Institutos, Faculdades e Universidades.
O Liceu Geral pode funcionar em conjunto com o Ginásio, ao passo que o Liceu Tecnológico e o Multi-Ramos existem sempre separadamente.
Os alunos do L.G. dispõem de um conjunto de disciplinas obrigatórias e comuns. Paralelamente, cada um deles pode optar entre 5 áreas de estudo, cada uma das quais comporta um determinado número de disciplinas, a saber:
I) Área das ciências sociais:
• Matemática
• Sociologia
• História
II) Área das ciências médicas:
• Biologia
• Química
• Física
III) Área das ciências filosóficas:
• História
• Latim
• Língua Grega Clássica
IV) Área das ciências positivas:
• Matemática
• Química
• Física
V) Área neutral: que não tem disciplinas adicionais e se destina às pessoas que pretendem apenas terminar o liceu, sem ingressarem no ensino superior.
À semelhança das outras escolas referidas, os livros de estudo são fornecidos gratuitamente e não existem refeitórios. O horário de funcionamento é, também, o mesmo.
Tanto os professores dos Liceus como os dos Ginásios fazem a sua formação nas várias Escolas Universitárias, cujos cursos têm a duração de 4 anos, e não de 5 anos como se verifica em Portugal. Por exemplo, o professor de Química, quer no Liceu quer no Ginásio, deverá ser titular do curso de Química de uma Faculdade de Ciências e Tecnologias.
À semelhança do que acontece no Ginásio, os alunos dos Liceus têm de realizar exames globais para poderem transitar de ano, no entanto, só os estudantes dos Liceus Gerais fazem exames de carácter nacional no último ano (na Grécia tem o direito de realizar estes exames qualquer cidadão que tenha no mínimo 18 anos de idade). Estes exames determinam a entrada nos I.E.T. e nos I.E.S..
Esta forma de selecionar os candidatos às Escolas Superiores, assim como o sistema educativo Grego de uma forma geral, sofre alterações constantes por influência de novas orientações políticas dos governos gregos.
e) ESCOLAS SUPERIORES
O Ensino Superior comporta:
1) INSTITUTOS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA (I.E.T.)
Estas Escolas Superiores, como já vimos anteriormente, oferecem cursos tecnológicos com uma duração de 3 anos (o equivalente ao bacharelato em Portugal). O grau acadêmico conferido por estes Institutos é inferior ao dos Institutos de Educação Superior (I.E.S.).
2) INSTITUTOS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR (I.E.S.)
O ingresso nestes institutos é a ambição de uma grande parte dos alunos dos liceus. A formação obtida nestes estabelecimentos é encarada na Grécia como um excelente meio de ascender socialmente, na medida em que permite aos seus detentores terem um trabalho com melhores condições e um outro prestígio dentro da comunidade.
No termo Institutos de Educação Superior estão incluídas todas as Universidades e faculdades que oferecem cursos vários, com uma duração de 4 ou mais anos (o curso de Medicina, por exemplo, tem 6 anos). Todos os cursos dos I.E.S. conferem o grau de licenciatura.
Os I.E.S. funcionam das 8.30h às 20.30h e dispõem de refeitórios que servem pequeno-almoço, almoço e jantar. Em todas as cidades gregas cada faculdade, universidade ou instituto tem autonomia e instalações próprias. Só na cidade de Salônica existe uma enorme área universitária, a maior da Grécia, onde se concentra um conjunto de faculdades (à semelhança de Coimbra, só que com uma dimensão superior).
Para reforçar a autonomia dos I.E.T. e dos I.E.S., o governo grego criou a figura da imunidade universitária, que garante uma investigação científica livre, a circulação de ideias e uma gestão universitária independente. Para além disso, a imunidade universitária não pode ser violada por quaisquer autoridades policiais ou militares sem prévia autorização do director da Universidade.
Aos estudantes dos IET e dos IES são concedidas algumas facilidades, tais como:
1) aos estudantes pertencentes a famílias com baixo rendimento (até 2.000.000 escudos anuais, com dois filhos) é facultado o acesso gratuito aos refeitórios e residências universitários;.
2) a todos os estudantes gregos o governo fornece, gratuitamente, todos os livros escolares (para a totalidade das disciplinas, cursos e faculdades);
3) bolsas para os estudantes que apresentam elevadas classificações nos exames blobais (é atribuído o montante de 200.000$oo ao aluno que apresentar, em cada ano lectivo, e em cada curso, as classificações mais altas);
4) assistência médica (serviços médicos e produtos farmacêuticos) para os estudantes que não dispõesm de seguro de saúde;
5) fornece, gratuitamente, as folhas de teste.
Nos IET e nos IES não existe tradição acadêmica. Não existe o termo "caloiro". Não se celebram semanas acadêmicas ou queimas de fitas. As tunas ou os trajes acadêmicos não fazem parte do meio universitário grego. Enfim, a vivência acadêmica é, a este nível, bastante distinto da portuguesa.
O ingresso no ensino superior significa para os estudantes gregos o início de uma nova etapa e uma mudança no estilo de vida. Para muitos estudantes, a entrada para uma instituição de ensino superior é uma forma de escapar ao controlo e restrições impostos pelas famílias. Significa uma maior liberdade, limitada apenas pelas preocupações com o estudo.
Outros vêem no ensino superior uma forma de ganharem maturidade, enriquecerem os seus conhecimentos, firmarem o seu sentido de independência pelo facto de se desligarem da família, conhecerem novas pessoas e estilos de vida, e darem início do seu contributo para a comunidade através da participação na Associação de Estudantes.
Vamos ver que significado tem esse contributo para os estudantes. A política tem penetrado nos IET e nos IES e já se tornou numa parte integrante e significativa da vida acadêmica.
As eleições realizadas nestes institutos são, no fundo, eleições políticas ao nível acadêmico. As diversas listas candidatas estão intimamente ligadas aos partidos políticos gregos. Assim, o voto do estudante numa determinada lista implica o apoio a um partido político em particular.
As eleições acadêmicas são um grande acontecimento na Grécia e são realizadas simultaneamente nos IET e nos IES. Os resultados de cada Escola Superior são introduzidos no computador central do Ministério da Educação e dali sai o resultado geral, que implica a vitória de um partido político. Vitória esta que é amplamente divulgada pelos meios de comunicação social. Por outras palavras, este resultado indica o clima político vivido no espaço universitário.
Deste modo, tanto os estudantes gregos como os estrangeiros (p. e. de França, Líbano, Palestina) transportam para o meio acadêmico o processo de resolução dos problemas sociais, políticos e outros, e também o esforço de melhoria e desenvolvimento da sociedade. O meio acadêmico, o pensamento crítico e científico, a liberdade de troca de ideias políticas e humanas geram um ambiente próprio à definição de soluções adequadas para os problemas da sociedade. O espaço universitário é o centro de movimentos de libertação e progresso que, protegidos pela imunidade universitária, vão originar as mudanças no futuro da sociedade. Não é isto uma importante contribuição para o desenvolvimento da sociedade? Não é isto o princípio do contributo dos estudantes para a sociedade, que será intensificado após a conclusão dos seus estudos?"
Mais Informações visitem o Blog abaixo de ATHANASIUS PAPATHOPOULOS.
Fonte de Pesquisa: http://www.ipv.pt/millenium/esf9_ap.htm
Waleikum Assalam à Todos!
A PEDAGOGIA GREGA
O termo pedagogia é de origem grega e deriva da palavra "paidagogos", nome dado aos escravos que conduziam as crianças à escola. Somente com o tempo, esse termo passa a ser utilizado para designar as reflexões feitas em torno da educação. Assim, a Grécia clássica pode ser considerada o berço da pedagogia, até porque é justamente na Grécia que tem início as primeiras reflexões acerca da ação pedagógica, reflexões que vão influenciar por séculos a educação e a cultura ocidental.Os povos orientais acreditavam que a origem da educação era divina. O conhecimento que circulava na comunidade resumia-se aos seus próprios costumes e crenças. Essa realidade impedia uma reflexão sobre a educação, uma vez que esta era rígida e estática, fruto de uma organização social teocrática. A divindade, portanto, era autoridade máxima, logo, sua vontade não poderia ser contestada. Na Grécia Clássica, pelo contrário, a razão autônoma se sobrepõe às explicações puramente religiosas e místicas. A inteligência crítica, o homem livre para pensar e formar os juízos a cerca da sua realidade, preparado não para submeter-se ao destino, mas para influenciar e ser agente de transformação como cidadão, eis no que resume-se a revolucionária concepção grega da educação e seus fins.
Dentro dessa nova mentalidade, surgem várias questões cuja reflexão visa enriquecer os fins da educação. Como por exemplo:
- O que é melhor ensinar ?
- Como é melhor ensinar ?
Essas questões enriquecem as reflexões de vários filósofos e dão origem à dimensões tendenciosas. Para entendermos melhor é necessário fazermos a divisão clássica da filosofia grega, não esquecendo que o eixo central é Sócrates:
- Período pré-socrático (Século VII e VII a.C.); os filósofos das colônias gregas que iniciam o processo de separação entre a filosofia e o pensamento mítico.
- Período socrático (Séculos V e IV a.C.); Sócrates, Platão e Aristóteles. Os sofistas são contemporâneos de Sócrates e alvos de suas críticas. Isócrates também é desse período.
- Período pós-socrático (Séculos III e II a.C.); época helenística, após a morte de Alexandre. Fazem parte ainda as correntes filosóficas mais famosas: o estoicismo e o epicurismo.
Fonte de Pesquisa: Visitem o blog da Luciana Ricomini: http://pedagogia.tripod.com/gregos.htm
O Ensino Grego Hoje:
"É meu objetivo, neste texto, fazer uma apresentação do sistema escolar grego, assim como das suas diferenças e semelhanças relativamente ao sistema português."
(ATHANASIUS PAPATHOPOULOS,1999).
"Eis o sistema grego a partir do primeiro nível de escolaridade":
(ATHANASIUS PAPATHOPOULOS,1999)
a) JARDIM DE INFÂNCIA
É facultativo, tem a duração de um ano e as crianças matriculam-se aos 4 anos de idade.
Nas grandes cidades os jardins de infância situam-se em espaços próprios, ao passo que nas cidades pequenas, e no campo, estes funcionam juntamente com as escolas básicas.
A formação dos educadores de infância é feita nas escolas superiores de educação e tem uma duração de 4 anos.
Os jardins de infância são maioritariamente públicos, existindo, no entanto, alguns estabelecimentos privados, e funcionam nos dias úteis, das 8.00h às 13.00h. Os seus curriculos incluem matérias de nível pré-escolar na área da matemática, da escrita e, ainda, muitos jogos educativos.
b) ESCOLA BÁSICA OU PRIMÁRIA
É obrigatória, tem uma duração de 6 anos e as crianças matriculam-se aos 5 anos de idade.
O número de professores nas escolas básicas (E.B.) varia em função da dimensão do meio em que estas se inserem. Enquanto que nos grandes centros existe um professor para cada ano, nas regiões mais pequenas ou remotas cada escola pode dispor de apenas um professor para todos os anos, havendo, assim, uma única turma constituída por todos os alunos da aldeia. Nas grandes cidades os professores distribuem-se pelas seguintes disciplinas: geografia, matemática, física, química, ecologia, educação religiosa ortodoxa, música, educação visual, história, língua grega e educação para a cidadania grega. A disciplina de ginástica é leccionada por um professor especializado formado pela Academia de Ginástica, uma faculdade independente cujos cursos têm a duração de 4 anos. A língua estrangeira, usualmente o inglês, é também leccionada por um professor especializado que fez a sua formação na Escola Filosófica. O curso de Literatura Inglesa, que funciona nesta faculdade independente, tem uma duração de 4 anos.
O Estado Grego fornece gratuitamente, a todos os alunos e professores do ensino básico, os manuais escolares necessários para todas as disciplinas.
As E.B. nas grandes cidades funcionam ora de manhã (8.00h - 13.30h), ora de tarde (14.00h - 18.30h), em regime de alternância, por períodos de uma semana, enquanto que nas regiões rurais estas funcionam apenas de manhã. As crianças frequentam diariamente 5/6 aulas, todas elas intervaladas por pausas de cerca de 10 minutos. Não existe o hábito de as crianças tomarem refeições nas escolas, que, aliás, não dispõem de refeitórios.
O 2º. Ciclo, tal como se verifica em Portugal, não existe e, por conseguinte, a figura de professor do 2º. Ciclo.
Os professores das E.B. fazem a sua formação nas escolas superiores de educação. O curso "Professores do Ensino Básico" tem a duração de 4 anos.
A Grécia apresenta taxas de desemprego muito elevadas na área da Educação. O sistema de contratação dos professores do ensino primário e secundário é o seguinte: os titulares de um curso superior(ministrado em instituições públicas ou privadas, nacionais ou estrangeiras) candidatam-se à atividade lectiva e, neste momento, são integrados numa lista de onde são recrutados por ordem cronológica. Assim, um professor que se candidate deverá esperar que todos os anteriormente inscritos sejam colocados. Em algumas áreas estas listas são tão extensas que um professor que se inscreva hoje só terá colocação daqui a algumas décadas. Por exemplo, os professores de Língua Inglesa que se candidatem hoje só terão lugar em 2.059. No ensino básico o tempo mínimo de espera é de 10 anos.
c) GINÁSIO
É obrigatório, tem uma duração de 3 anos e os alunos matriculam-se aos 11 anos de idade.
No Ginásio (G.) cada disciplina é leccionada pelo professor indicado. Para transitarem de ano, os alunos realizam exames anuais a todas as disciplinas, havendo uma 2ª. chamada em Setembro. A nota mínima para transitar de ano é 10 (numa escala de 1 a 20).
Com o G. termina a escolaridade obrigatória que tem uma duração total de 9 anos. Neste nível de ensino os livros escolares são fornecidos gratuitamente, não existem refeitórios e o horário de funcionamento é o mesmo das escolas básicas.
d) LICEU
É facultativo, tem uma duração de 3 anos e os alunos matriculam-se aos 14 anos de idade.
Existem 3 tipos de liceus (L.), que são:
1) LICEUS TECNOLÓGICOS E PROFISSIONAIS (L.T.P.)
Neste tipo de liceu os alunos podem optar por cursos tais como: assistente de laboratório, mecânico, "au pair", cultivo de árvores, etc. Os L.T.P. dão acesso aos Institutos de Educação Tecnológica (I.E.T.), dependendo da nota global atingida pelo aluno. Os I.E.T. reservam uma percentagem reduzida de vagas para os alunos provenientes dos L.T.P., pelo que, normalmente, é necessária uma boa classificação para conseguir entrar.
2) LICEU MULTI-RAMOS (L.M.)
Este tipo de liceu existe em número muito reduzido. Fornecem um tipo de educação semelhante aos L.T.P., no entanto são instituições com mais prestígio. Os L.M. dão acesso aos - I.E.T. e aos Institutos de Educação Superior (I.E.S.) (para quem opta pelo ramo de Educação correspondente). Também aqui a nota global dos L.M. é determinante no acesso às Escolas Superiores.
3) LICEU GERAL
Este é o tipo de liceu que existe em maior número porque tem a preferência da maior parte dos alunos. A popularidade destes liceus advem do facto de estes darem acesso a todas as Escolas, Institutos, Faculdades e Universidades.
O Liceu Geral pode funcionar em conjunto com o Ginásio, ao passo que o Liceu Tecnológico e o Multi-Ramos existem sempre separadamente.
Os alunos do L.G. dispõem de um conjunto de disciplinas obrigatórias e comuns. Paralelamente, cada um deles pode optar entre 5 áreas de estudo, cada uma das quais comporta um determinado número de disciplinas, a saber:
I) Área das ciências sociais:
• Matemática
• Sociologia
• História
II) Área das ciências médicas:
• Biologia
• Química
• Física
III) Área das ciências filosóficas:
• História
• Latim
• Língua Grega Clássica
IV) Área das ciências positivas:
• Matemática
• Química
• Física
V) Área neutral: que não tem disciplinas adicionais e se destina às pessoas que pretendem apenas terminar o liceu, sem ingressarem no ensino superior.
À semelhança das outras escolas referidas, os livros de estudo são fornecidos gratuitamente e não existem refeitórios. O horário de funcionamento é, também, o mesmo.
Tanto os professores dos Liceus como os dos Ginásios fazem a sua formação nas várias Escolas Universitárias, cujos cursos têm a duração de 4 anos, e não de 5 anos como se verifica em Portugal. Por exemplo, o professor de Química, quer no Liceu quer no Ginásio, deverá ser titular do curso de Química de uma Faculdade de Ciências e Tecnologias.
À semelhança do que acontece no Ginásio, os alunos dos Liceus têm de realizar exames globais para poderem transitar de ano, no entanto, só os estudantes dos Liceus Gerais fazem exames de carácter nacional no último ano (na Grécia tem o direito de realizar estes exames qualquer cidadão que tenha no mínimo 18 anos de idade). Estes exames determinam a entrada nos I.E.T. e nos I.E.S..
Esta forma de selecionar os candidatos às Escolas Superiores, assim como o sistema educativo Grego de uma forma geral, sofre alterações constantes por influência de novas orientações políticas dos governos gregos.
e) ESCOLAS SUPERIORES
O Ensino Superior comporta:
1) INSTITUTOS DE EDUCAÇÃO TECNOLÓGICA (I.E.T.)
Estas Escolas Superiores, como já vimos anteriormente, oferecem cursos tecnológicos com uma duração de 3 anos (o equivalente ao bacharelato em Portugal). O grau acadêmico conferido por estes Institutos é inferior ao dos Institutos de Educação Superior (I.E.S.).
2) INSTITUTOS DE EDUCAÇÃO SUPERIOR (I.E.S.)
O ingresso nestes institutos é a ambição de uma grande parte dos alunos dos liceus. A formação obtida nestes estabelecimentos é encarada na Grécia como um excelente meio de ascender socialmente, na medida em que permite aos seus detentores terem um trabalho com melhores condições e um outro prestígio dentro da comunidade.
No termo Institutos de Educação Superior estão incluídas todas as Universidades e faculdades que oferecem cursos vários, com uma duração de 4 ou mais anos (o curso de Medicina, por exemplo, tem 6 anos). Todos os cursos dos I.E.S. conferem o grau de licenciatura.
Os I.E.S. funcionam das 8.30h às 20.30h e dispõem de refeitórios que servem pequeno-almoço, almoço e jantar. Em todas as cidades gregas cada faculdade, universidade ou instituto tem autonomia e instalações próprias. Só na cidade de Salônica existe uma enorme área universitária, a maior da Grécia, onde se concentra um conjunto de faculdades (à semelhança de Coimbra, só que com uma dimensão superior).
Para reforçar a autonomia dos I.E.T. e dos I.E.S., o governo grego criou a figura da imunidade universitária, que garante uma investigação científica livre, a circulação de ideias e uma gestão universitária independente. Para além disso, a imunidade universitária não pode ser violada por quaisquer autoridades policiais ou militares sem prévia autorização do director da Universidade.
Aos estudantes dos IET e dos IES são concedidas algumas facilidades, tais como:
1) aos estudantes pertencentes a famílias com baixo rendimento (até 2.000.000 escudos anuais, com dois filhos) é facultado o acesso gratuito aos refeitórios e residências universitários;.
2) a todos os estudantes gregos o governo fornece, gratuitamente, todos os livros escolares (para a totalidade das disciplinas, cursos e faculdades);
3) bolsas para os estudantes que apresentam elevadas classificações nos exames blobais (é atribuído o montante de 200.000$oo ao aluno que apresentar, em cada ano lectivo, e em cada curso, as classificações mais altas);
4) assistência médica (serviços médicos e produtos farmacêuticos) para os estudantes que não dispõesm de seguro de saúde;
5) fornece, gratuitamente, as folhas de teste.
Nos IET e nos IES não existe tradição acadêmica. Não existe o termo "caloiro". Não se celebram semanas acadêmicas ou queimas de fitas. As tunas ou os trajes acadêmicos não fazem parte do meio universitário grego. Enfim, a vivência acadêmica é, a este nível, bastante distinto da portuguesa.
O ingresso no ensino superior significa para os estudantes gregos o início de uma nova etapa e uma mudança no estilo de vida. Para muitos estudantes, a entrada para uma instituição de ensino superior é uma forma de escapar ao controlo e restrições impostos pelas famílias. Significa uma maior liberdade, limitada apenas pelas preocupações com o estudo.
Outros vêem no ensino superior uma forma de ganharem maturidade, enriquecerem os seus conhecimentos, firmarem o seu sentido de independência pelo facto de se desligarem da família, conhecerem novas pessoas e estilos de vida, e darem início do seu contributo para a comunidade através da participação na Associação de Estudantes.
Vamos ver que significado tem esse contributo para os estudantes. A política tem penetrado nos IET e nos IES e já se tornou numa parte integrante e significativa da vida acadêmica.
As eleições realizadas nestes institutos são, no fundo, eleições políticas ao nível acadêmico. As diversas listas candidatas estão intimamente ligadas aos partidos políticos gregos. Assim, o voto do estudante numa determinada lista implica o apoio a um partido político em particular.
As eleições acadêmicas são um grande acontecimento na Grécia e são realizadas simultaneamente nos IET e nos IES. Os resultados de cada Escola Superior são introduzidos no computador central do Ministério da Educação e dali sai o resultado geral, que implica a vitória de um partido político. Vitória esta que é amplamente divulgada pelos meios de comunicação social. Por outras palavras, este resultado indica o clima político vivido no espaço universitário.
Deste modo, tanto os estudantes gregos como os estrangeiros (p. e. de França, Líbano, Palestina) transportam para o meio acadêmico o processo de resolução dos problemas sociais, políticos e outros, e também o esforço de melhoria e desenvolvimento da sociedade. O meio acadêmico, o pensamento crítico e científico, a liberdade de troca de ideias políticas e humanas geram um ambiente próprio à definição de soluções adequadas para os problemas da sociedade. O espaço universitário é o centro de movimentos de libertação e progresso que, protegidos pela imunidade universitária, vão originar as mudanças no futuro da sociedade. Não é isto uma importante contribuição para o desenvolvimento da sociedade? Não é isto o princípio do contributo dos estudantes para a sociedade, que será intensificado após a conclusão dos seus estudos?"
Mais Informações visitem o Blog abaixo de ATHANASIUS PAPATHOPOULOS.
Fonte de Pesquisa: http://www.ipv.pt/millenium/esf9_ap.htm
Waleikum Assalam à Todos!
Biografia de Mohammed Haziz: Estudante de Pedagogia, Pesquisador Educacional na Empresa Juvenile World Academy, Educador de Guardas Mirins do Brasil (Juvenile General Commander)-Peace Operations Training Institute-USA, Especialista nas áreas Militar, Direitos Humanos, Policiais, Logística Humanitária, Consciência de Gênero e Serviços Sociais, Jornalista, Profissional de Segurança Privada, Escritor de Diversos Blogs, Kd Frases & UOL Pensamentos.
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