terça-feira, 13 de dezembro de 2022

9- A História da Educação na Antiga Mesopotâmia.


Assalamu Waleikum Wa Ramatullahi Wa Barakatuhu!
"Que a Paz e as Bençãos de Deus estejam Convosco!"


A Educação na Antiga Mesopotâmia.

O Oriente Médio
No que se tornou Mesopotâmia, o sistema logográfico inicial do script cuneiforme levou muitos anos para dominar. Assim, apenas um número limitado de indivíduos foram contratados como escribas para serem treinados em sua leitura e escrita. Apenas descendentes reais e filhos dos ricos e profissionais, como escribas, médicos e administradores do templo, foram educados. A maioria dos meninos ensinou o comércio de seus pais ou foram aprendidas a aprender um comércio. As meninas ficaram em casa com suas mães para aprenderem a fazer arrumação e cozinhar e cuidar dos filhos mais novos. Mais tarde, quando um script silábico se tornou mais difundido, a maioria da população da Mesopotâmia tornou-se alfabetizada. Mais tarde, ainda na época babilônica, havia bibliotecas na maioria das cidades e templos; um velho provérbio sumério afirmou que "aquele que se destacaria na escola dos escribas deve se levantar com o amanhecer". Surgiram uma classe social inteira de escribas, principalmente empregados na agricultura, mas alguns como secretários pessoais ou advogados. As mulheres, assim como os homens, aprenderam a ler e escrever, e para os babilônios semíticos, isso envolveu o conhecimento da língua suméria extinta e um silabário complicado e extenso. Vocabulários, gramáticas e traduções interlineares foram compilados para o uso de estudantes, bem como comentários sobre textos mais antigos e explicações de palavras e frases obscuras. Os arquivos massivos de textos foram recuperados dos contextos arqueológicos das antigas escolas de escrita babilônicas, através das quais a alfabetização foi disseminada. O Épico de Gilgamesh, um poema épico da Mesopotâmia Antiga é uma das primeiras obras conhecidas de ficção literária. As primeiras versões sumérias da data épica já desde a Terceira Dinastia de Ur.


Mesopotâmia

A estreita faixa de terra entre os rios Tigre e Eufrates foi chamada pelos gregos, na Antiguidade, de Mesopotâmia. A partir da segunda metade do quarto milênio a.C., a região foi invadida por diversos povos, entre os principais estão os sumérios, acádios, babilônios, assírios e caldeus.

A cultura dos sumérios (religião, arte, leis e literatura) serviu de base para o desenvolvimento da civilização mesopotâmica e permaneceu por milênios com pequenas alterações.

À semelhança do Egito antigo, desenvolveu-se ali uma civilização baseada na agricultura e no regadio. Essa atividade estava apoiada numa vasta rede de canais e aquedutos, utilizados para sanear os pântanos, fertilizar a terra e controlar a distribuição da água.

Uma economia agrícola, apoiada num complexo sistema de drenagem e irrigação, serviu de base para o surgimento de uma sociedade de castas, extremamente hierarquizada, portanto, que se organizou em impérios teocráticos e desenvolveu uma brilhante cultura. A escrita cuneiforme, os templos e os palácios, o Código de Hamurabi e os Jardins Suspensos da Babilônia são exemplos das realizações dos povos mesopotâmicos.

Como no Egito, as ciências eram dominadas pela religião. Muito tênue era a fronteira que separava a medicina da magia, a matemática da cabala e a astronomia da astrologia. A matemática foi desenvolvida pelos caldeus nos campos da álgebra e da geometria.

A astronomia foi a ciência que alcançou maior progresso; praticada pelos sacerdotes, estes utilizavam as torres dos templos como observatórios. Em suas pesquisas chegaram a prever eclipses e estabelecer o movimento dos astros.

BABILÔNIA

    A cultura da poderosa classe sacerdotal destaca-se, bem como a extrema dificuldade que a escrita cuneiforme oferece aos escribas, incumbidos de ler e copiar textos religiosos. 

    Na civilização babilônica, tiveram um papel essencial o templo e as técnicas. O templo era o verdadeiro centro social dessa civilização, o lugar onde se condensa a tradição e onde organizam as competências técnicas, sobretudo as mais altas e complexas, como escrever, contar, medir, que dão vida à literatura, à matemática, à geometria, às quais se acrescenta a astronomia que estuda o céu para fins, sobretudo práticos (elaborar um calendário). 

    Os sacerdotes (verdadeira casta de poder, que levava uma vida separada e se dedicava a atividades diferentes dos outros homens, ligadas aos rituais e à cultura), eram os depositários da palavra, os conhecedores da técnica da leitura e da escrita. A experiência escolar formava o escriba e ocorria em ambientes aparelhados para escrever sobre tabuletas de argila, sob o controle de um mestre (dubsar), pelo uso de silabários e segundo uma rígida disciplina. 

FENÍCIOS

    Os fenícios eram povos de origem semita. Por volta de 3000 a.C., estabeleceram-se numa estreita faixa de terra com cerca de 35 km de largura, situada entre as montanhas do Líbano e o mar Mediterrâneo. Com 200 km de extensão, corresponde a maior parte do litoral do atual Líbano e uma pequena parte da Síria. 

    Quanto à cultura, fundamental foi o desenvolvimento dos conhecimentos técnicos (de cálculo, de escrita, mas também ligados aos problemas da navegação). A descoberta mais significativa desse povo foi a do alfabeto, com 22 consoantes (sem as vogais), do qual derivam o alfabeto grego e depois os europeus, e que aconteceu pela necessidade de simplificar e acelerar a comunicação. 

    A primeira produção do alfabeto ocorreu em Biblos (um dos centros da Fenícia), que deu, aliás, nome ao livro (biblos em grego), pelas indústrias de papiro que ali se encontravam. Quanto aos processos educativos, são aqueles típicos das sociedades pré-gregas, influenciados pelos modelos dos grandes impérios e pelas sociedades sem escrita em que predomina a sacralização dos saberes e a organização pragmática das técnicas, e tais processos se desenvolvem, sobretudo na família, no santuário ou nas oficinas artesanais. Os processos de formação coletiva são confiados ao “bardo”, ao “profeta”, ao “sábio”, três figuras-guias das comunidades pré-literárias e que desenvolvem uma ação de transmissão de saberes, de memória histórica e de “educadores de massa”. 

HEBREUS

    O principal legado que os hebreus deixaram foi no âmbito religioso. Eles foram os primeiros povos a adotar o monoteísmo, ou seja, a crença em um único Deus. Também de destacam na literatura, destacando o Antigo Testamento, que é a primeira parte da Bíblia. 

    Quanto aos profetas, eles eram os educadores de Israel, inspirados por Deus e continuadores do espírito de sua mensagem ao “povo eleito”: devem educar com dureza, castigar e repreender também com violência, já que sua denúncia é em razão de um retorno ao papel atribuído por Deus a Israel. 

    A escola em Israel organizava-se em torno da interpretação da Lei dentro da sinagoga; à qual “era anexa uma escola exegese” que, no período helenístico, se envolveu em sérios contrastes em torno, justamente, da helenização da cultura hebraica. Aos saduceus (helenizantes) opuseram-se os fariseus (antigregos) que remetiam à letra das Escrituras e à tradição interpretativa, salvaguardada de modo formalista. Assim, além de centro de oração e de vida religiosa e civil, a sinagoga se torna também lugar de instrução. A instrução que se professava era religiosa, voltada tanto para a “palavra” quanto para os “costumes”. Os conteúdos da instrução eram “trechos escolhidos da Torá”, a partir daqueles usados nos ofícios religiosos cotidianos. Só mais tarde (no século I d.C.) foi acrescentado o estudo da escrita e da aritmética. Nos séculos sucessivos, os hebreus da diáspora fixaram-se, em geral, sobre este modelo de formação (instrução religiosa), atribuindo também a esta o papel de salvar sua identidade cultural e sua tradição histórica. 

EGITO

    As escolas funcionavam como templos e em algumas casas foram freqüentadas por pouco mais de vinte alunos. A aprendizagem se fazia por transcrições de hinos, livros sagrados, acompanhada de exortações morais e de coerções físicas. Ao lado da escrita, ensinava-se também aritmética, com sistemas de cálculo, complicados problemas de geometria associados à agrimensura, conhecimentos de botânica, zoologia, mineralogia e geografia. 

    O primeiro instrumento do sacerdote-intelectual é a escrita, que no Egito era hieroglífica (relacionada com o caráter pictográfico das origens e depois estilizada em ideogramas ligados por homofonia e por polifonia, em seguida por contrações e junções, até atingir um cursivo chamado hierático e de uso cotidiano, mais simples, e finalmente o demótico, que era uma forma ainda mais abreviada e se escrevia sobre folha de papiro com um cálamo embebido em carbono). 

    Ao lado da educação escolar, havia a familiar (atribuída primeira à mãe, depois ao pai) e a “dos ofícios”, que se fazia nas oficinas artesanais e que atingia a maior parte da população. Este aprendizado não tinha nenhuma necessidade de “processo institucionalizado de instrução” e “são os pais ou os parentes artesãos que ensinavam a arte aos filhos”, através do observar para depois reproduzir o processo observado. Os populares eram também excluídos da ginástica e da música, reservadas apenas a casta guerreira e colocadas como adestramento para guerra. 

O ponto forte da educação na Mesopotâmia era a escrita cuneiforme. Como em praticamente todas as nações da Antigüidade, a tradição oral existiu e foi a base da transmissão de todo o conhecimento. Entretanto foi o desenvolvimento do primeiro sistema prático de escrita nas primeiras cidades da Mesopotâmia que alavancou a civilização daquela época, refletindo no progresso econômico, intelectual e cultural do homem.


A Marca Registrada na Babilônia.


Esta foi, inclusive, uma marca registrada na mesopotâmia, o pioneirismo; as invenções e os projetos que começam a interferir no curso de seu tempo. Um bom exemplo é o da cerâmica, que passou também a ser utilizada no aprimoramento das habitações, com detalhes em pinturas leves.

Um dado interessante diz respeito à invenção e aperfeiçoamento da escrita tendo ocorrido dentro do templo, por meio da casta sacerdotal. Como é quase unânime na Antiguidade, a leitura e a escrita (compondo o processo ensino-aprendizagem) dão seus primeiros passos por meio dos sacerdotes. Ao lado dos mesmos, encontramos os artistas, artesãos, camponeses e escribas.

A escrita cuneiforme adquiriu tamanha importância que deu ao escriba o status de profissional qualificado: para que se pudesse desempenhar o ofício de um escriba, deveria-se passar um longo tempo na chamada edubba, que era o local destinado à educação e ao treinamento dos escribas. Existiu uma parábola babilônica que dizia: “A escrita é a mãe da eloquência e o pai dos artistas”.

O escriba em formação frequentava a escola desde o início da juventude até a idade adulta. Outro estudo de grande interesse na Mesopotâmia era o da adivinhação, que consistia em ler a vontade dos deuses e predizer o futuro, interpretando os augúrios. 

Um dos alicerces do ensino na Mesopotâmia era a literatura. Poemas e um vasto conjunto de obras literárias eram compostos, e recebiam dos escribas especial atenção. Havia também, um segmento da literatura pautado em provérbios e ditos populares, além de sua significativa contribuição para o direito: vários códigos visando ordem e conduta foram criados. O Código de Hammurabi é um dos conhecidos exemplos.

Não se pode negar a imensa contribuição que a Mesopotâmia, dentre as várias civilizações antigas, prestou com a invenção da escrita, satisfazendo uma necessidade de registros já solicitada pelo povo da época. Um caminho necessário e inevitável. 

(Klabin,2004) Nesta publicação a autora ressalta a formação de camadas sociais e seus destaques na sociedade, a partir do desenvolvimento da escrita e do conseqüente processo ensino-aprendizagem daquela época.

(Kramer, 1967) Nesta obra o autor deixa nítida a relevância do papel do escriba numa civilização que já é conhecida pelo franco desenvolvimento; o que deu a este ofício maior importância do que em outras civilizações.  Augúrios são processos adivinhatórios geralmente oriundos da observação de fenômenos da natureza.


Outras Referencias:

https://www.pedagogia.com.br/historia/oriental3.php





Biografia de Mohammed Haziz: Estudante de Pedagogia, Pesquisador Educacional na Empresa Juvenile World Academy, Educador de Guardas Mirins do Brasil (Juvenile General Commander)-Peace Operations Training Institute-USA,  Especialista nas áreas Militar, Direitos Humanos, Policiais, Logística Humanitária, Consciência de Gênero e Serviços Sociais, Jornalista, Profissional de Segurança Privada, Escritor de Diversos Blogs, Kd Frases & UOL Pensamentos.



Waleikum Assalam Wa Ramutalli Wa Barakatuhu!
(Que a paz e as Bençãos de Deus estejam convosco!).

Fontes Visite-os: 



 Referências Bibliográficas:

KRAMER, Samuel Noah.  Mesopotâmia- o berço da civilização. Rio de Janeiro, José Olympio Editora, 1967.

MANCINI, Ana Paula Gomes et alli. História da Educação. São Paulo, AVERCAMP Editora, 2006.

KLABIN, Aracy Augusta Leme. História Geral do Direito. São Paulo, Editora Revista dos Tribunais, 2004.

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